domingo, 28 de maio de 2017

Dicotomias astrais

A dualidade é uma característica encontrada na Astrologia, os doze signos dançam pela mandala zodiacal, encontram no seu oposto o complemento para a integridade arquetípica de suas formas originais. Neste encontro que ocorre no centro do mapa, ou seja na unidade pessoal de cada um. Os doze signos passam a ser 6 eixos de energias integradas, por exemplo o eixo Touro-Escorpião, das posses e do poder, onde a união entre ter as necessidades garantidas, trás a sensação de poder pessoal, ou a necessidade da sensualidade material garante a vivência de paixões. O dinheiro em Touro é preciso para a segurança, e em Escorpião o mesmo dinheiro é almejado para adquirir poder. Na esfera taurina temos a Terra, em Escorpião a água, a segurança esta ligada a concretude, do que o dinheiro compra, imóveis, comida, perfumes. O poder que o dinheiro oferece é da manipulação, da compra dos prazeres, do dinheiro corruptível, da lenda que todos temos um preço, Escorpião quer pagar pra ver, Touro quer comprar uma casa, já o eixo entre eles irá ter suas necessidades garantidas e o poder moderado à sua realidade. As manias de grandeza do ego não se criam na unidade, porém as entidades humanas que encarnam os dramas astrais, vivenciam o mapa na dualidade. O mapa começa com o nascimento e termina com a morte, porém é tecido antes e depois do tempo, mas nossa consciência pessoal não acompanha o a-temporal. O destino está desenhado nas estrelas e o mapa nos revela suas estradas, rotas, fugas, atalhos, pontes e abismos, e na sua contraparte temos o livre arbítrio que nos permite pegar a estrada principal ou ir por rotas novas, velhos becos ou abrir caminhos à mão. É curioso observar que quando um signo esta desequilibrado, ele atua com as piores qualidades do seu oposto, Virgem que se ocupa da perfeição quando desestabiliza alça voos etéreos pelos reinos de Peixes e pode se entregar a uma rotina caótica ou hábitos viciantes. A austeridade capricorniana quando sombria chega a ter toques de emocionalismos intensos com direito a chantagem emocional, aos moldes cancerianos. Peixes nega sua magia e torna-se frio e calculista como o lado negativo de Virgem, a preocupação com status capricorniana pode invadir a vida familiar canceriana, que Câncer esquece de nutrir ao se preocupar com o que os outros irão pensar... 
Atualmente cresce o interesse pela Astrologia, e também o virtual preconceito ao se tratar dos signos de forma simplista, adjetivando-os e dando ênfase aos sois natais, por exemplo ao taxar, decretar, lançar certezas, onde o caminho é construção. Áries é egoísta, Gêmeos é falso, Peixes é sonhador, e etc. Essas são visões erradas que reduzem a Astrologia a defesas do ego. Ao lançarmos os estudos para um aprofundamento da psique dos signos veremos que não somos os signos, não somos o Sol, a Lua ou Vênus, somos a totalidade e seria ingenuidade nos apegarmos a uma parte do todo. Cada parte desse total é um arquétipo, carregado de mitos e de gerações de ancestrais. Ao nascermos as energias dos planetas personalizadas pelos signos, instaladas nas casas e se comunicando uns com os outros nos faz ser esses seres complexos e vibracionais, são ondas astrais que nos atravessam durante nossa jornada terrestre, cada mapa astral é único e nos faz único. 





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